sábado, 2 de abril de 2011

Vortex


Batidas e compassos ritmados chegam em ondas crescentes. Minutos parados no tempo, uma brecha na dimensão. Frases repetitivas, mantras eletrônicos. Não, o fluxo é contínuo, é tão impossível se desligar quando se gira seguindo aquilo.
Um vortex violento e pessoal, tráz o esquecimento, tráz o esquecimento total, se tornando a cada segundo parte do todo, partículas soltas pelo ar, fazendo parte de tudo e não se tornando nada.
Absorto, totalmente alheio e desligado da massa, seguindo o ritmo enquanto ele existe, ora alto, ora baixo. Girando cada vez mais compassado e detalhista.
E lentamente o fluxo diminui, lentamente tudo volta ao normal, lentamente os pensamentos tomam o controle, e o caos volta a ditar as regras.
Voltando a ser o que penso que sou, o que devo ser, o que aspiro me tornar.

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