terça-feira, 28 de junho de 2011

APromessa - Composição: Manoel Carneiro.

Um dia eu prometí,
Sempre vou voltar,
Essência e missão,
Eu próprio entreguei.

Aquele que podia ver,
Fagulhas de fé pra lutar.

Mas agora eu vejo que essa paz,
Não vai voltar nem se eu gritar, mas eu vou gritar.

Grito, tenho que voltar,
Porque eu prometí, voltar e poder sorrir.

Eu prometí a mim,
Vou recuperar,
Coroas e jardins,
Perdí mas não esquecí.

E hoje eu sei que sempre tive,
A liberdade que quis.

E as memórias vem a mim,
Sonhos que eu desperdicei, mas sei que sonhei.

Grito para o alto,
Não deixe assim aquele que esteve aí.

Grito e olho pros montes,
Não deixe assim, aquele que ainda pode ver.

Grito para o alto,
Não deixe assim aquele que esteve aí.

Grito e choro,
Ao lembrar que estive aí, e hoje não estou mais.

Alguém pode me ouvir?
Minhas mãos não são mais puras.
Alguém pode me ouvir?
Minhas lágrimas ainda são!

E hoje eu sei que sempre tive,
A liberdade que sempre quis.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Normal - Composição: Manoel Carneiro


Eu vou pra um lugar seguro,
Aonde eu possa tornar,
mais simples algo em mim.

Eu vou pra um lugar escuro,
Onde não possa me ver,
Pra depois não me culpar.

Bem, bem, bem longe daqui,
Aonde todos vejam,
E não possam me ver.

Bem, bem, bem longe daqui,
Aonde todos passem,
E sigam sem olhar.

Eu quero ser normal, preciso ser normal,
Não me sinto normal.
Isso é tão ultrapassado!

Eu sempre fui normal, mas já não sou normal,
E o que é normal?
Quando o que é bom é diferente?

Eu quero me isolar de todos,
Então poder começar,
Da forma que terminou.

Eu fico com as consequências,
Mas não quero me isolar,
Não quero nem começar.

Bem, bem, bem longe daqui,
Aonde todos vejam,
E não possam me ver.

Bem, bem, bem nem vou pensar,
Que um dia todos passem,
E sigam sem olhar.

Eu quero ser normal, preciso ser normal,
Não me sinto normal.
Isso é tão ultrapassado!

Eu sempre fui normal, mas já não sou normal,
E o que é normal?
Quando o que é bom é diferente?

Queria não poder tentar me ver como alguém que não pensa demais e reprova o que fez.
Tudo que eu fiz, me faz normal pra quem ja fez, é errado pensar que eu posso ser dois,
Mas eu sou!

É deplorável e tão louvável,
É aceitável e condenável.

Bem, bem, bem longe daqui,
Aonde todos vejam,
E não possam me ver.

Bem, bem, bem nem vou pensar,
Que um dia todos passem,
E sigam sem olhar.

Eu quero ser normal, preciso ser normal,
Não me sinto normal.
Isso é tão ultrapassado!

Eu sempre fui normal, mas já não sou normal,
E o que é normal?
Quando o que é bom é diferente?

Bem, bem, bem longe daqui,
Aonde todos vejam,
E não possam me ver.

Bem, bem, bem nem vou pensar,
Que um dia todos passem,
E sigam sem olhar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Preço - Composição: Manoel Carneiro


Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Não vá, os iluda,
Ou vá, e se iluda,
Não é, a verdade,
Não, é o caminho
Não é, a verdade,
Não vai preencher,
Não vai cicatrizar.

Não vai dar razão para se lutar,
Não vai te fazer se enxergar melhor.

Não vai dar amigos justos, leais,
Não vai fazer seu olhar por você melhorar.

Não, Não, Nunca foi e não vai.
Não, Não, Retroceda, não vá.

Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Chorando eu vou,
Ferido eu vou,
Sangrando eu vou voltar.

Mal visto eu vou,
Covarde sou,
Sem precisar gritar!

Feliz aquele que não pode ver,
Quando os olhares voltam-se pra destruir, pra vencer.

Não chore, você logo terá que aceitar,
Que é totalmente impossível se auto-aceitar.

Não, Não, Nunca foi e não vai.
Não, Não, Retroceda, não vá.

Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Se afastar, se dispersar,
Voltar atrás, por que?
Nunca mais ceder.

Chorando eu vou,
Ferido eu vou,
Sangrando eu vou voltar.

Mal visto eu vou,
Covarde sou,
Sem precisar gritar!

Esse é o gosto da derrota,
Quando a culpa cai sobre você,
Esse é o corte da desonra,
E o sangue nunca será seu.

Esse é o preço do neutro,
Quando não consegue pertencer,
Esse mundo sempre é de todos,
Mas intruso, nunca será seu.

Não, Não, Não.