sábado, 2 de abril de 2011

O Amanhecer e os Cômodos Trancados


Toda a noite pode-se ouvir uma prece silenciosa ecoar na minha mente, é algo que basicamente implora para que o sol retorne, dissipe a escuridão e traga com ele a capacidade para iluminar minha mente, onde estão os piores cômodos, os mais escondidos e fétidos, os mais reclusos e ausentes, os mais tristes e solitários, os mais deprimentes e melancólicos, os mais depressivos e suicidas.
A sabedoria liberta, e eu preciso urgentemente dos raios que tragam essa virtude, para descobrir denovo o segredos que eu mesmo tranquei com tanto esmero. Eles ainda são válidos? Valem o esforço para esquecê-los? Posso me encontrar no desconhecido da minha mente? Ou posso me perder completamente tentando reviver momentos que só eu viví, e que acarretaram danos irreparáveis a meus comportamentos.
A questão é que eu necessito fazer uma vistoria em cada sala em especial dentro da minha cabeça, mas não tenho idéia das consequências que isso pode desencadear ao que eu sou. Pode ser que seja medo, pois não sei o que posso encontrar, pensamentos sujos, tentativas frustradas, frustrações e decepções.
Ou já me acostumei a pensar que eu sou uma pessoa fria, e talvez desejasse isso. Então creio que o medo maior seria de visitar os cômodos e descobrir que na verdade essa pessoa ainda pulsa através de um coração vivo, pensamentos bons acalentados por se doar demais as pessoas.
Quem eu sou? O guerreiro de coração duro, ou o monge de espírito vivificado e contrito?

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