quarta-feira, 26 de novembro de 2014

ANDO USANDO REGATA




Mas então, rasguei umas camisetas e to tomando sol nos braços brancos. Isso é uma confirmação, uma auto-afirmação e uma vergonha, mas quem liga? Depois que deixei, ninguém mais, claro.
Ainda raspo minha cabeça constantemente.
Tu sabe que fiquei aqui pensando como eu falaria de coisas alegres, pensei, pensei e pensei. Mudei a música do cabeçalho várias vezes, qual exprimia mais o meu eu constante atual? Daí percebi que todas elas sucedem de mais um ano progressivamente. Essa semente da mudança brotou à um tempo e vem germinando, crescendo e se alastrando pela minha mente vazia, cheia, vazia, cheia, estranha. Então deixa eu aproveitar minha prolixidade no que tange o que escrevo, porque hoje isso aqui não fica melancólico mesmo.
Ainda não lembro o que comi ontem.
Não tem muito o que dizer porque quando alguém abre um sorriso não está conversando, se está observando alguém também não tem tempo pra pensar demais. Trocando em miúdos, levar uma vida mais amena implica sim em se tornar um pouco sem conteúdo. A vida é isso, é uma pulsão, ou você pulsa introspectivamente e se condena ao espectro da dúvida, ou você não duvida e pulsa pra fora, faz toda a diferença o tipo de impulso, pra onde você vai mirar.
Mas agora eu tenho uma gata de estimação, o nome dela é Viviane.
Ultimamente fiz outro contrato de ajuda mútua, mais um. Mas acho que o único contrato vitalício mesmo que tenho é comigo mesmo, seja ele destrutivo ou cooperativo, me sinto pleno em dizer que vou bem com meus medos, com meus eus, com meus sorrisos e minha falta de interesse em pensar demais, meu contrato é vitalício.
E tem aqueles olhinhos agora...
E é isso aí vida, contratos, olhos verdes, eu uso regata agora e nunca soei tão cliché antes, nem me importo. Uso, quantas, vírgulas, eu, quiser.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Re-voltas.





Depois de tempos longe do meu querido amigo de tantos anos me senti quase impelido à colocar uma descrição lá em cima, devido ao conteúdo que tenho escrito, que nunca irei apagar porque é sangue meu impresso nesses códigos fontes, é tudo meu. Impelido tão somente porque algumas fases minhas, negras por natureza inspiravam coisas negras também, ou inocentes demais, ou pedantes demais, ou erradas demais, seja no sentido de dar sentido ao texto, ou seja isso no sentido ortográfico da palavra. Me senti impelido a contar que as pessoas mudam, e talvez eu não seja esse maníaco depressivo de alguns anos atrás, não todo tempo, a gente cresce.

São cinco anos aqui, cinco anos podem significar mudança completa, total catarse em vista dos comportamentos, mas nada me arrepende, só me impele a dizer ao querido leitor anônimo mandado por mim aqui, dar uma passadinha de leve e ler o que escrevo que existem momentos e momentos na vida do poeta, porque num surto recente já aceito-me como tal. Tudo muda, não fica pedra sobre pedra e depois nós morremos. O que fica são relatos para ninguém, de ninguém, sangue no meio do código fonte, e isso eu tenho aqui, tudo é meu, todo simples e complexo sentimento, até os erros são meus, os poucos acertos também, tudo é meu sangue permeando os códigos da matrix.

Quem sabe começa aqui mais uma fase de escritos, quem sabe você, que provavelmente sou eu lendo tudo isso mais uma vez se dê conta de que mudamos mesmo, de verdade, mesmo quando a essência permanece a mesma.

Re-voltas, re-começo.