quinta-feira, 15 de março de 2012

Deixa-me Voltar.

Tão formidável quando se procura por caminhos que não existem, não existem.
Interessante quando não há mais caminho para se trilhar, te aceitarão de volta?
Prefere ainda o nada?

Nenhum lar, nem abrigo algum, está perdido em meio à mente em expansão.
Já não há lugar, nem aceitação, vagando por extremos incomuns.

Deixa-me voltar aonde começou,
Deixem cortar as asas quando pensei em desbravar além.
Deixa-me voltar, ou deixa-me partir,
Sem traços que um dia existiu alguém assim,
Ou só me deixe só.

Doando cada força que existe dentro a terceiros,
Mas já não preenche, deveria atravessar-me.
Os sorrisos simples, sonhos infantis, fé inabalável, deviam persistir,
Escapam pelos dedos de minhas mãos.

Não há lar mesmo para quem não sabia que devia esquecer.

Deixa-me voltar aonde começou,
Deixem cortar as asas quando pensei em desbravar além.
Deixa-me voltar, ou deixa-me partir,
Sem traços que um dia existiu alguém assim,
Ou só me deixe só.

Desejo ardentemente que me desfaça por entre o ar, memória que vai passar.
Que não toque no que é feliz, que não sonhe com a cura mais, somente desaparecer nada a mais.

Deixa-me voltar aonde começou,
Deixem cortar as asas quando pensei em desbravar além.
Deixa-me voltar, ou deixa-me partir,
Sem traços que um dia existiu alguém assim,
Ou só me deixe só.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Canção do Refúgio

Céus que derramam lágrimas por sobre a plantação,
É nas densas tempestades que vou permanecer.

Abraço nuvens de terror, tornando-me só um,
Apenas clamo intensamente a elas, que escondam toda luz que sai daqui.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Intenso o reflexo sufocando o meu sorrir,
Penetrando toda a casca, fere ainda mais além.

Mas persisto atuando por alguém que não sou eu.
Não me diga coisas tolas, que há cura ou que sou
Alguém que devia agradecer por ser assim.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Céus que derramam lágrimas por sobre a plantação,
E as lágrimas vazias correm dentro como um rio.

Estarei perdido entre sonhos e finais que eu criei,
Acontecem e terminam todos dentro sempre.
Acontecem e desconcerto sem saber.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Eu nunca deveria sair,
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.