sábado, 28 de janeiro de 2012

Rios de Paz - Manoel Carneiro

Onde a Fé era escudo já não há força alguma aqui.
Pronto estou para a espada e a voz que cantava cessou.

Estranho sorriso desponta em mim.

Fé que outrora embalou, fortaleceu,
Vela o que a negou,
Entrando nos Rios de Paz.

Clamo agora pelo Nada, não reclamo o Paraíso lá.

E o vácuo preencherá meu ser.

Deus que outrora me abençoou, me confortou,
Foi minha culpa, acreditar é para o bom coração.

Chuva eterna sobre mim e meu ser,
Rios fluem do nada e vazios,
Atravessam o que eu fui, apagam-me,
E as dores que já não são, me levam pros Rios de Paz.

Não reclamo o Paraíso lá.

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