quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pseudo-liberdade Auto-destrutiva - Manoel Carneiro


Não, não, não, não, não, não, não, não, como isso soa bem!
Não, não, não, não, não, não, não, não, como isso soa bem!

Levante o rosto e se levante pois você não é,
Alguém que deveria estar onde diz que está.
Só porque nunca aparento minha real situação,
Não quer dizer que sou feliz ou uso o coração.

Adoro o som do meu silêncio e meu rosto sério,
E não preciso distribuir sorrisos todo o tempo,
Só porque nunca aparento minha real situação,
Não quer dizer que sou feliz, bem, eu nunca sou feliz.

Não, não, não, não, não, não, não, não, soa bem, bem, bem,
Estou bem, bem, bem, bem melhor, bem, bem, bem, bem, bem,
Sem futuro, sem sorrisos.

Leia meus lábios quando digo inaudível, que sinto prazer,
No sofrimento, sofrimento que cabe a mim.
E quando dizem que sou louco eu adoro mais,
Mas fico bem melhor quando chamam de doente.

Enquanto tentam exorcizar a minha bela mente,
Me delicio com essa situação tão rude.
A inversão desses papéis me torna tão cruel,
Mas isso não me torna nem um pouco irreal.

Não, não, não, não, não, não, não, não, soa bem, bem, bem,
Estou bem, bem, bem, bem melhor, bem, bem, bem, bem, bem,
Sem futuro, sem sorrisos.

Prendam ou tentem esquecer,
Lancem a culpa em alguém maior,
Ignorem ou riam se puder,
É tão normal, são tão normais, são tão banais, mas eu não!

Não, não, não, não, não, não, não, não, como isso soa bem!
Não, não, não, não, não, não, não, não, como isso soa bem!

Não, não, não, não, não, não, não, não, soa bem, bem, bem,
Estou bem, bem, bem, bem melhor, bem, bem, bem, bem, bem,
Sem futuro, sem sorrisos.

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