Todos os finais de ano são
complicados pra mim, porque geralmente resultam de um ano conturbado (todos
foram), logo me trazem algumas perguntas como:
PRA ONDE IREI?
O QUE FAREI?
RECOMEÇAR DENOVO?
É claro que uma série de fatores
acrescenta força a esse evento de final de ano, como:
VERGONHA DAS COISAS QUE FIZ.
VERGONHA DAS PESSOAS COM QUEM ME
RELACIONEI.
VERGONHA DO MEU PASSADO INTEIRO
EM UM LUGAR EM QUE VIVO.
Mas sempre fomentadas pelo maior
motivo, que no caso dá o tom “ponto final” em um lugar ou em uma história, este
é:
O QUE EU COMECEI ERRADO E DEU
ERRADO ESSE ANO, QUE IMPEDE MINHA ESTADA NESSE LUGAR?
Bem, é irônico...
Mas extremamente bem planejado. É
claro que não sou um gênio do crime porque senão eu não estaria nesse círculo
vicioso a muito tempo, usaria minha inteligência interpessoal acima da média
para manipular a meu favor os dados, até faço isso, mas ocorre de forma
aleatória...
Mas é o bastante para viver em
vários lugares, o bastante para suprir a mim mesmo de desculpas para não enfrentar
aquilo e seguir em frente (mais uma vez).
Minha vida é errante e o meu
destino é incerto, não planejo nada além do ano em que estou vivo e algo me diz
que não vou muito longe e com nada no bolso, mas fazer o que? Sou um Lobo da
Estepe, me aproveitando de um momento de não crise para vomitar um pouquinho de
verdade.
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