quinta-feira, 1 de março de 2012

Canção do Refúgio

Céus que derramam lágrimas por sobre a plantação,
É nas densas tempestades que vou permanecer.

Abraço nuvens de terror, tornando-me só um,
Apenas clamo intensamente a elas, que escondam toda luz que sai daqui.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Intenso o reflexo sufocando o meu sorrir,
Penetrando toda a casca, fere ainda mais além.

Mas persisto atuando por alguém que não sou eu.
Não me diga coisas tolas, que há cura ou que sou
Alguém que devia agradecer por ser assim.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Céus que derramam lágrimas por sobre a plantação,
E as lágrimas vazias correm dentro como um rio.

Estarei perdido entre sonhos e finais que eu criei,
Acontecem e terminam todos dentro sempre.
Acontecem e desconcerto sem saber.

Eu tentei não me esconder aqui, nem ventos, nem temporais, sair.
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

Eu nunca deveria sair,
Não me aponte então, algo que eu deveria ser.

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